No dia 22 de agosto, é comum as escolas festejarem o Folclore.
A Escola Reinado Infantil ao trabalhar com este tema desenvolve uma parceria com as famílias ao reviver tradições culturais distantes através do Projeto “Nosso Folclore” para problematizar e ressignificar as manifestações culturais presentes no cotidiano infantil.
Folclore é:
“um conjunto de tradições e manifestações populares, constituído por lendas, mitos, provérbios, parlendas, advinhas, danças, brincadeiras tradicionais, costumes, modos de pensar e agir de um povo preservadas pela tradição cultural e pela imitação são passados de geração em geração.” BRANDÃO,1986; FRIEDMANN,2006, PORTO, 2014).
Os folguedos e brincadeiras tradicionais das crianças fazem parte do folclore infantil, sendo o meio pelo qual aprendem e ampliam o contato com diferentes culturas, experimentam papéis a partir do imaginário e adquirem uma experiência social de completa significação para o desenvolvimento da personalidade.
O folclore infantil tem a função de transmissão de elementos de uma cultura, considerando que estes são divulgados por adultos e crianças, apesar de sofrerem modificações permanecem nas culturas infantis e conservam uma função social.
As ações compartilhadas entre crianças e adultos os quais respeitam suas formas de interpretar o mundo e o significado atribuído por elas, coloca a criança como protagonista das interações que estabelece com os seus pares e com os adultos, bem como do seu próprio desenvolvimento social, afetivo e cognitivo.
Os espaços privilegiados das escolas de educação infantil propiciam contato direto com diferentes situações de aprendizagem, os quais valorizam as tradições culturais brasileiras através de práticas pedagógicas orientadas pela interação e brincadeiras, reafirmadas na Base Nacional Comum Curricular (2017).
Assim, através de brinquedos, imagens e narrativas que promovam a construção por elas de uma relação positiva com seus grupos de pertencimento é possível ampliar o olhar das crianças desde cedo para a contribuição de diferentes povos e culturas (DCNEB, 2013, p. 89).
Quem nunca brincou de amarelinha, corrida do saco, carrinhos de rolimã, cabra-cega, entre outras brincadeiras que fazem parte do patrimônio da cultura lúdica infantil?
Para resgatar o patrimônio lúdico cultural, a escola infantil com efeito faz o elo entre as diferentes gerações através de brincadeiras e brinquedos antigos, das lendas, das parlendas, dos mitos, das cantigas, entre outras manifestações tradicionais folclóricas dando oportunidade para a criança tornar-se o protagonista.
Para além do divertimento com as tradições folclóricas é também possível refletir criticamente sobre o que os versos querem nos transmitir, como por exemplo, a parlenda peito do pé de Pedro:
“Pedro tem o peito do pé preto. Preto é o peito de Pedro. Quem disser que o peito de Pedro não é preto, tem o peito mais preto que o peito de Pedro.”
Estaria esta parlenda ditando normas de conduta em relação ao preconceito étnico?
Ao recordar da canção Sambalelê podemos questionar os modos pelos quais era obtido o comportamento infantil de outra época:
Samba lelê tá doente. Tá com a cabeça quebrada. Samba lelê precisava. É de umas boas palmadas. Samba, samba, samba, ô lelê! Samba, samba, samba, ô lalá!”
E hoje como tem sido?
O folclore brasileiro é vasto, bem como sua classificação, deste modo, segue a abaixo uma pequena sugestão de brincadeiras e parlendas extraídas do dicionário Wikipédia e da coletânea de brincadeiras tradicionais de Friedmann (2006) para brincar em família.
Neste outro post do Blog do Reizinho sobre brincadeiras para ensinar aos filhos, você também encontra mais algumas sugestões para brincar com crianças.
Fórmulas de escolha:
Jogo de cócegas:
Rimas, Parlendas, Trava-línguas:
Lendas:
Jogos com brinquedos construídos
Jogos de advinhar
Jogos de perseguir, procurar, pegar e correr
Jogos de pular
Jogos de atirar
Jogos de força
Brincadeiras de roda
E você? Conhece alguma história do nosso folclore ou lembra de alguma brincadeira de sua infância que ensinou ao seus filhos e filhas? Conta para a gente aqui nos comentários do Blog do Reizinho e compartilha conosco esta experiência.
Referências bibliográficas usadas na produção deste texto: